terça-feira, 24 de setembro de 2013

Planto poemas de baixo do travesseiro,
plumas, penas, sonhos
mansos,
gansos.

Poemas baixinhos,
lilases, lunares,
polares, aquáticos. 

E o dia vem,
sem forma,
na bruma,
na pruma,
na pluma,
na onda
do cotidiano.



E eu corro,
e sopro
a nuvem,
a bailarina,
a música.

Letras
voam, vão
bem longe as palavras
tricotadas na teia
até a noite voltar

E eu pranto baixinho,
com a cabeça no meu algodão
e eu planto um rio
de nuvens, 
de penas,
de plumas, 
de putas,
de gansos,
na onda das letras,
das teias,
dos livros,
Suspiros se vão.


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